quinta-feira, 21 de maio de 2009

Chegou Correio...

A mãe Mónica escreveu:
O António e a Ana, a propósito da Visita de Estudo que fizeram ontem ao Museu e Fábrica do Vidro querem escrever no blog da turma umas coisinhas sobre o que aprenderam e pesquisaram sobre o vidro. Aqui vai...

O Museu do Vidro encontra-se instalado no Palácio Stephens, edifício de inspiração Neoclássica, construído na segunda metade do século XVIII, para servir de residência ao industrial inglês Guilherme Stephens, que em 1769 obtém, através de Alvará Régio, o restabelecimento da Real Fábrica de Vidros da Marinha Grande. Criado por decreto-lei em 1954, o Museu do Vidro só abriu ao público em 13 de Dezembro de 1998, ano em que a cidade da Marinha Grande comemorou 250 anos de Indústria Vidreira.
As atribuições do Museu são a recolha, estudo, conservação, salvaguarda e divulgação do património histórico e cultural vidreiro, local e nacional. A exposição permanente do Museu está organizada em núcleos, segundo a função e técnica de fabrico e decoração das peças, e é constituída por peças provenientes de vários centros de fabrico nacionais, produzidas entre o século XVII e o século XX. Estão também expostas as principais ferramentas e máquinas utilizadas para a produção e decoração de vidro, tanto no espaço fabril como na pequena oficina doméstica.
A Fábrica do Vidro da Jasmin Glass, localizada a 2 km de Marinha Grande é composta por dois espaços principais: um espaço reservado ao fabrico do vidro e outro dedicado à exposição e venda dos objectos produzidos. O VidroEle é belo, decorativo e suave ao ser tocado. O vidro pode ser considerado como uma das mais belas invenções do homem. Há duas versões para a sua descoberta: a primeira diz-nos que um oleiro do antigo Egipto tinha uma enorme encomenda de vasos para entregar. Malandramente, o nosso amigo quis acelerar a secagem da argila fazendo uma enorme fogueira ao redor dos vasos. Com o tempo, o nosso oleiro notou que alguns vasos “cintilavam” e atribuiu isso ao facto do vento soprar alguma areia para cima dos vasos. Experimentando, foi manualmente adicionando areia pouco a pouco até que chegou utilizar somente areia, obtendo assim, o vidro. Outra suposição é a de que os fenícios descobriram o vidro durante os longos acampamentos nas praias, sendo que o local onde ficavam as fogueiras que aqueciam os viajantes acabava por ficar com uma “placa” de um material fundido e brilhante. Bom, qual das duas histórias é a verdadeira, não se sabe. Fica aqui mais um mistério da humanidade. O vidro é formado devido ao arrefecimento de sílica fundida, sob a forma de areia, com alguns aditivos, que, em geral, são calcários e carbonatos. O vidro pode ser fabricado apenas de areia composta de sílica cristalina, também conhecido como quartzo. O único problema é que o ponto e fusão dessa mistura chega a cerca de 1700oC. Trabalhar com este tipo de vidro no dia-a-dia é extremamente incómodo, por isso, costuma-se adicionar cerca de 10% de carbonato de cálcio e 15% de carbonato de sódio, baixando, assim, o ponto de fusão para cerca de 850oC. O tipo de vidro obtido durante a fabricação depende dos compostos que são adicionados. Por exemplo, se for adicionado certa quantidade de óxido de ferroso, obteremos um vidro de tonalidade esverdeada. A coloração âmbar (da garrafa de cerveja) é obtida pela adição de uma mistura de carbono, enxofre e ferro. Se, ao contrário, desejarmos que o vidro seja incolor, devemos adicionar substâncias descorantes, como pequenas quantidades de selénio e óxido de cobalto. Os processos mais antigos de fabricação resumem-se na fundição do material, laminação seguida do polimento. Outro método mais comum consistia em tomar uma determinada quantidade de material fundido na extremidade de um tubo de metal e a posterior modelagem, através do sopro feito na outra extremidade do tubo, de um globo de vidro que, a seguir, era girado na extremidade do bastão em questão formando uma espécie de disco. Também se costumava executar o sopro de modo que o vidro se expandia dentro de um molde, afim de adquirir um formato específico. Existem dois processos de fazer vidro. Um é através de uma grande quantidade de areia fundida com outros produtos (como vimos anteriormente), o outro é a partir de vidro velho. Quando utilizamos vidro velho estamos a reciclar. DIFERENÇAS ENTRE OS DOIS PROCESSOS DE FABRICAÇÃOO Processo de fabricação a partir da areia precisa de:- mais energia porque o vidro funde a uma temperatura mais baixa que a areia.- gasta areia da praia- polui mais porque liberta 200g de excedentes para a atmosfera- é menos rentável porque de cada quilo de areia fundida só são aproveitados 800g de vidro.As empresas que fabricam o vidro preferem trabalhar com vidro em vez de areia, porque o vidro já está limpo de todos os materiais que a areia tem, dá menos trabalho e por isso é mais rentável. BENEFÍCIOS DA RECICLAGEM DE VIDROPreservação do meio-ambienteCom um quilo de vidro partido faz-se exactamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes. Em compensação, quando não é reciclado, o vidro pode demorar 1 milhão de anos para decompor-se. Além da vantagem de se reciclar 100% do vidro, preservam-se recursos naturais importantes como areia, calcário, água entre outros. Na reciclagem do vidro, todos ganham devido a preservação da natureza. Além da redução do consumo de matérias-primas retiradas da natureza, a adição dos cacos à mistura reduz o tempo de fusão na fabricação do vidro, tendo como consequência uma redução significativa no consumo energético de produção e consequente ganho de produtividade. Também proporciona a redução de custos de limpeza urbana e diminuição do volume do lixo em aterros sanitários.

1 comentário:

  1. Bom dia
    Podia me dar a sua direçao e n° de telefone para poder vos contactar.
    O meu nome e Gorette Fernandes
    Morada em França (77)
    pode mandar para : srfr2@hotmail.fr

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